A AMOBITEC acredita que as novas soluções para as cidades brasileiras virão com o desenvolvimento da mobilidade integrada. E isso só será alcançado por meio da interlocução ética entre empresas, agentes públicos e organizações da sociedade civil, estimulando a inovação tecnológica para a melhoria do desenvolvimento urbano e da qualidade de vida.
É por defender essa bandeira da mobilidade integrada que a AMOBITEC vê com preocupação nota pública divulgada ontem pela Abrati, na qual a entidade (que representa as tradicionais empresas de ônibus que operam nas rodoviárias) se coloca na contramão da história ao criticar a inovação no setor.
A carta da Abrati afirma que o setor de fretados pratica “falsa inovação”. Tenta dizer que a defesa pela livre iniciativa configura concorrência desleal. E se arrisca na areia movediça das fake news ao falar que as fretadoras só querem operar as linhas mais rentáveis – ignorando o fato de algumas das empresas inovadoras estarem operando linhas que foram devolvidas por empresas tradicionais associadas à Abrati.
A AMOBITEC lamenta que, para manter o privilégio e o oligopólio das linhas operadas hoje, as empresas tradicionais do setor tentem espalhar fumaça na discussão e confundir a opinião pública.
Os fatos são inexoráveis. O setor de fretamento via aplicativos para viagens intermunicipais e interestaduais no País cresce a cada mês. Já realizaram viagens por esse sistema mais de 1 milhão de pessoas. São centenas de empresas operando, gerando milhares de empregos.
E o setor cresce por um só motivo: porque cada vez mais pessoas optam por trocar as velhas empresas da rodoviária pelas modernas empresas via aplicativo, viajando com mais segurança, mais inovação e preços bem mais baixos -uma economia de até 60% em alguns trajetos. A tecnologia e a liberdade no fretamento permitem justamente a expansão do acesso, tanto no preço quanto na oferta de viagem na quantidade certa e nos locais certos, permitindo que se atenda rotas que hoje não são de interesse das empresas grandes e retrógradas.
Parte desta corrente de transformação positiva, os aplicativos de fretamento colaborativo foram os primeiros a implantar medidas de segurança sanitária, após o surgimento da Covid, no início deste ano. Muitos foram até mais rigorosos do que a instrução governamental. O usuário reconhece isso como uma vantagem, assim como as câmeras de fadiga, que detectam cansaço do motorista e evitam acidentes.
Políticas que incentivem a inovação devem ser adotadas para o surgimento de novas soluções de mobilidade. E o governo deve promover um ambiente que estimule a diversidade de serviços de mobilidade com a adoção de novas tecnologias e o estímulo à inovação e ao empreendedorismo. As empresas que estão desbravando o setor de fretamento via aplicativos devem ser vistas como solução essencial para a mobilidade atual.
A dura reação das empresas tradicionais das rodoviárias é natural, pois temem perder seus privilégios e mercado quase cativo. Só lamentamos o uso de uma argumentação falaciosa e tendenciosa.
Os fatos são inexoráveis. E a história, inclusive a recente com os aplicativos de transporte individual urbano, é repleta de ensinamentos: aponta para a vitória da solução que está do lado do cliente, com inovação que traga benefícios diretos aos usuários.
AMOBITEC
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